Sentimentos

Tags: Anime, Pixiv Id 13583296, Serial Experiments Lain, Iwakura Lain

Todos nós sabemos o que são sentimentos, mas como mostrá-los nas narrativas sem ficar cansativo?

"Iwakura estava triste"
Ficou meio cru, não acha?

"Iwakura estava sentindo-se com um humor mais tenso, seus pensamentos não estavam nada felizes e as lágrimas caíam aos poucos enquanto tentava amenizar a dor"
Já melhorou, pois nem sequer você precisou usar a palavra triste, não sente-se bem quando lê algo que a pessoa não usou a palavra triste, mas conseguiu passar o sentimento da mesma maneira?

"Iwakura sentiu uma tensão em seu corpo aumentar seus sentimentos que quebravam qualquer felicidade restante nos pensamentos, os olhares junto a sorrisos não eram mais os mesmos, apenas dor, sofrimento e lágrimas que tentava esconder, mas não era tão simples e nem mesmo a sua touca ajudou no seu problema"
De novo não foi necessário usar triste, pois a dor que ela sentia, seu sofrimento, tudo foi mostrado de maneira simples e fácil de entender. Até porque palavras difíceis não ajudam na hora de descrever sentimentos.

Espera ai! Então eu preciso usar uma descrição gigante? Não pode ser algo mais rápido?
Claro, eu mostrei exemplos com várias palavras, assim como com só duas linhas, são apenas exemplos de como podemos escrever sem a palavra triste, mas dá para fazer de vários jeitos, fiz dos jeitos que eu consigo e você consegue dos seus.

Então se eu usar só a palavra triste fica horrível?
Não é em todos os casos, se a história não depender dos sentimentos da personagem, não precisa, mas se a dor dela, o sofrimento mudar o rumo da história, é sim necessário mostrar de maneira detalhada para não ficar chato.

Como eu faço para não repetir sempre as mesmas palavras?
http://www.sinonimos.com.br/
Esse site é uma perfeição, nele você vai encontrar o que o nome dele diz para as palavras que vai usar, assim não sofrerá tanto, creio eu.

E no caso do romance?
Venha que eu te mostro:


"Os homens trocaram olhares e seguraram as suas mãos, os corações acelerados, o vermelho no rosto e a vergonha deixavam evidente a necessidade de saber os sentimentos do outro, mesmo que já soubessem a resposta na ponta da língua. Olharam de maneira fixa ao outro e deram sorrisos, riram, sentiram-se um pouco nervosos, porém logo passaria esse nervosismo."

Não disse amor em momento algum, mas consegui mostrar o que eu acho que é amor, pois nesse caso a confiança não poderia ser mostrada ainda, apenas em outros casos mais a frente.

Mas o que eu quero mostrar com o post?
Que é possível sim descrever os sentimentos, é só não enrolar muito e não usar palavras difíceis, porque elas não combinam com os sentimentos. 

Aparência

Tags: Anime, Asagao Minoru, Vocaloid, GUMI, Wavy Mouth, Carrot, Looking Ahead 

 Por diversas vezes vejo pessoas pensativas quanto a aparência do personagem, pois tem aquela coisa da ruiva ser clichê, do loiro bonito ser clichê e mil e um clichês que eu nem vou citar.

Preciso focar tanto na aparência do personagem?
Depende, vai mudar a vida dele se ele for negro(preto) ou se ele for branco ou se ele for miscigenado? Porque existem casos que não faz a minima diferença dele ser branco, alto, magro, loiro, olhos azuis ou ele ser negro(preto), algo, musculoso, cabelos castanho-escuros, olhos pretos.
Pode ser que você vá desenvolver uma história que a personagem vai sofrer bullying por ter cabelos verdes, ou por ter mechas verdes, nesse caso é necessário o foco, porém sem tanta repetição para não ficar tediosa a leitura.

Dá para fazer uma história sem focar na aparência?
Sim, pois algumas histórias não precisam do foco e nem sequer do uso da aparência completa dos personagens, tanto que alguns autores não descrevem uma parte sequer do corpo ou uma cor, ai fica tudo na imaginação dos leitores.

Fica ruim descrever muito a aparência?
Depende do quanto você descreveu, as vezes descrever demais fica ruim, porque parece que o autor só fez isso para aumentar o número de palavras (páginas) e deixa a leitura tediosa por conta de descrições desnecessárias.
Mas existem situações em que é necessário muita descrição do personagem, contudo o autor que decide em quais momentos fica bom na história dele.

Como eu monto a aparência do meu personagem?
O imaginando primeiro, nisso você filtra as informações que julga necessárias na narração e depois passa ao papel, no entanto cada leitor vai imaginar de um jeito.

É sempre necessário ter atores caracterizando meus personagens?
Não, nem mesmo fanarts, porque nem todos os autores têm descrições que encaixam em pessoas ou em desenhos e outros preferem deixar a mente do leitor livre para imaginar o que quiserem.

Pode me dar um exemplo de aparência?
Sim:
"Gumi era uma jovem com cabelos curtos e em tom esverdeado, seus olhos de mesma cor, ambos contrastavam com a pele clara  e um tanto rosada"
Não precisei fazer nem três linhas, mas isso vai ser relativo, já que nem todos os autores querem algo simples, alguns gostam até de especificar o corte de cabelo e o formado dos olhos, o que eu não faria, porém cada um é cada um.

Se a aparência é muito clichê, ela é proibida?
Não! Se você deixar de escrever algo pelo medo de virar clichê, então está esquecendo que já estamos escrevendo coisas há 4000(5000) anos e nesse tempo diversas coisas foram escritas, assim fica difícil achar algo sem nenhum clichê.

Usar apenas cores sem dizer tamanhos, formas, nada além delas, deixa feia a aparência?
De jeito algum! Você só precisa pensar o motivo das cores, pode ser até:
Meu personagem é triste, então vou usar preto e azul
Apenas tome cuidado com o excesso do tom ao longo do mesmo capítulo, tente filtrar ao máximo para não atrapalhar tanto na montagem do capítulo.

As roupas que meu personagem veste precisam ter um significado?
Nem sempre, porque as vezes usam homens com roupas femininas para mostrar o crossdressing, uma prática do meio trans que quase sempre é vista como algo a ser ridicularizado em todos os lugares, então se tiver vontade de colocar um significado, use com cuidado e sem o homem que usa rosa porque é homossexual/bissexual/pansexual ou porque ele quer ser mulher.

Estarei agindo de má fé colocando cabelo curto e roupas masculinas na personagem lésbica?
Se isso for um jeito de continuar a ideia da lésbica que é masculina, como se todas fossem assim, ai é ruim, mas se colocar sem essa intenção, não podemos te julgar, só tomar cuidado.

 

Diálogos

http://www.pixiv.net/member.php?id=6562350
Pode parecer a coisa mais fácil do mundo da escrita, mas não é tão simples assim e você vai ler porque não é.

Existem cenas que colocar um diálogo não fica legal e vamos a alguns momentos

Cenas de lutas
Super normal o personagem estar lutando com o vilão mais forte daquele momento e ele começar a falar feito louco, tentando criar um diálogo entre ele e o personagem malvado, a luta parece que para de repente e tá tudo ok.
Não faça isso, pois quebra todo o charme de uma luta, que são os golpes, o sangue, os machucados, ok, podem acontecer provocações durente a luta, mas nada de tentar dialogar enquanto seu personagem pode morrer.

Durante o sexo
Se o personagem está falando durante o ato sexual consentido é porque não está nada bom, pois se estivesse sentindo prazer, não pensaria em nada fora do sexo, apenas no que acontece dentro dele. 
Gemidos até fica legal, desde que não exagere na quantidade
Porém em cenas de primeira vez ainda é um nervosismo, ainda mais aber se o parceiro está mesmo se sentindo bem e tal

Mas existem cenas que isso fica legal

Quando os personagens estão se conhecendo
Lógico que vai rolar muita conversa, seja no digital ou no pessoal, pois eles querem conhecer os gostos um do outro e até saber se pode rolar um namoro, uma noite, um final de semana, qualquer coisa.
E é em um desses diálogos que acontece um pedindo o número de celular do outro, o facebook, twitter, skype, essas coisas.

Encontros amorosos ou Encontros de amigos
No primeiro caso se for o primeiro encontro vai ter conversa mesmo que eles estejam nervosos com o encontro, porque querem conhecer ainda mais aquela pessoa e tirar várias informações para saber se vai durar muito ou pouco o relacionamento. Nos outros encontros as conversas serão soltas pela facilidade conseguida depois de muito nervosismo.
No de amigos nem preciso explicar, afinal, são amigos verdadeiros.

Perceberam que as cenas são bem diferentes uma das outras, por mais que elas podem se conectar depois? E é por isso que elas podem ou não combinar com falas/diálogos, mas não minto que posso ter feito alguma dessas, só sei que em mangás e animes rola sempre.

Cadê a parte que eu explico como montar diálogos?
Aqui!

Tá, eu falei as cenas que eu acho que não fica legal ter diálogo, contudo não falei como construi-las.

Para montar um diálogo ou uma fala é necessário ter o momento certo e saber se aquela fala vai ser importante ao enredo, pois até elas podem virar inúteis no capítulo.

"Oi"
"Oi"
"Tudo bem?"
"Tudo"
"Onde quer ir?"
"Não sei"
"Nem eu"
"Mas quero sair"
"Eu também"
"Bora ir jantar?"
"Já jantei"
"Que pena"
O diálogo acima foi inútil, pos não dei contexto e só o joguei no ar sem sequer explicar algo, além disso, ficou longo demais, nem mesmo para mensagens serviria.

A vontade de Kyo ver seu namorado era imensa, mas ele não podia visitá-lo, pois seus pais o impediram de sair de casa por conta de um castigo, contudo não o impediram de usar seu celular e ele aproveitou a brecha do que lhe foi imposto.
"Amor, você está bem?"
"Claro, pena que não posso te ver", nisso sentiu seu coração apertar, queria vê-lo mesmo sabendo que havia perdido a sua perrmisão durante semanas.
"Sim, mas pense que logo saio desse castigo e nós vamos nos encontrar depois de semanas"
"Eu sei", a vibração do celular o assustou e percebeu que era seu namorado ligando. Atender não quebrava as regras, com isso sequer esperou o segundo toque e atendeu.

Percebeu que nesse caso teve um contexto que o tornou útil? É nele que você precisa focar todas as vezes que for escrever diálogos, seja em drama, terror, horror, ficção cientifica, ação, romance, qualquer gênero exigue isso, na verdade, qualquer história.

Tome cuidado também com a narração depois da fala, pois existem verbos que não podem ser colocados com letra maiscula. 

Alias, tanto "" quanto — estão corretos, então não tenha medo de usar um deles, mas mantenha — se começou com — e "" se começou com "", nada de misturar "" com —

Exemplo:
"O senpai me notou — 

E necessita de espaço depois do —
— O senpai me notou

Como não confundir meus leitores?
Se for em primeira pessoa, tente ao máximo começar com a fala do narrador, caso não consiga, faça uma narração curta depois do diálogo para não confundir os leitores

Andei na praia e vi um homem lindo, seus cabelos longos, olhos castanho-escuros, roupas largas, pensei em chamá-lo, porém tenho medo de ser ignorado ou dele me chamar de estranho ou até de louco
— Olá, percebi a sua presença nesse lindo lugar e fiquei curioso quanto ao seu jeito, não sabia que havia ganhado na loteria dos paqueras. — Ao ouvir sua voz fiquei mais admirado do que antes, nem sei mais quais movimentos devo começar.
— E não é que eu pensei o mesmo? Já que estamos aqui, por que não pegamos o número do outro e vamos conversar mais?
— Claro!

Desse jeito você conseguiu transmitir a fala sem ser inútil e sem confundir os leitores do capítulo e isso não vale só para primeira pessoa, porque em terceira também temos vários personagens e sempre seremos obrigados a focar mais em um e hora em outro, por isso não vejo problema em jogar essa estratégia no campo da escrita.

Clube dos Herdeiros - COMENTADO


"Ei, você aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí..."
Homero, Ivan e Glauco Ferreira, 1960


Antes de mais nada uma breve confissão: comprei pela capa *sussurra*. Quero dizer, quando li a sinopse me interessei ainda mais, mas a capa é tão perfeita que eu passei apenas dois anos de olho nessa obra.
Com um efeito enevoado, ela remete minha imaginação à sonhos, objetivos alcançados, esse tipo de coisa bacana e super difícil de se conquistar na vida.
Dando início a uma meta pessoal que eu decidi colocar em prática (“Projeto ‘Leia Mais Nacionais’”), não tenho dúvidas de que comecei muito bem.

Quanto vale o seu sobrenome?

“Hoje deve ser seu dia de sorte. Sim, é com você que estou falando! Ao virar a próxima página, será como se tivesse ganhado um passe livre, uma tão cobiçada credencial, um passaporte com visto para um mundo que mal se vê pela fechadura. Você poderá conhecer cada um dos membros da nova aristocracia do Rio de Janeiro e saber o que realmente se passa na vida, na cabeça e no coração deles (e eu aposto como você jurou que isso nem existia!). Só me sinto na obrigação de te alertar a respeito do principal perigo que ameaça aqueles que se julgam sortudos por cruzar essa linha: você vai descobrir que as coisas podem não ser como você imaginava, e ter vontade de correr de volta para o seu mundo seguro, que antes pareci a tão medíocre. Mas não precisa correr tanto. No meio do caminho eu sei que você vai dar meia-volta e perceber que não vai mais a lugar nenhum. O Clube dos Herdeiros pode não ser nada parecido com um conto de fadas... mas não há como não se apaixonar perdidamente por ele! Pense bem antes de aceitar o convite: existem festas que duram a vida inteira...” 

E é com a sinopse tentadora que começamos oficialmente. A história nos apresenta quatro personagens que poderíamos chamar de principais, mas os holofotes mesmo estão nas duas inseparáveis amigas de infância: Helena e Manuela.

Ricas, lindas, ricas, faladas (ricas). Duas moças ricas que nasceram e cresceram debaixo da atenção da mídia e cujas assinaturas comprariam seus rins sem você nem se dar conta bastante coisa, e à vista!
Acostumadas a não sentir falta de muita coisa (o que inclui namorados, companhias e afins - que também são todos ricos) é no início da vida adulta que ambas vão encarar um lado da vida que antes era desconhecido: sentimentos, valores e atitudes que não estão à venda em lugar algum.

Em contrapartida (e pra dar aquele clima à la Princesa e a Plebeia), temos Pedro, o cara comum. Aquele tipo de pessoa que teve de acordar cedo a vida toda para correr atrás de seus objetivos porque seus pais já lhe deram o máximo que eles podiam. Uma pessoa como eu (e muito provavelmente você, querid@ leitor(a).

Em uma coincidência bastante casual – e que poderia mil vezes nunca ter acontecido – os caminhos de Pedro e Manuela se encontram e é aí que a história começa (não, literalmente, esse é o primeiro capítulo).

O enredo promete apresentar um estilo de vida completamente diferente do da maioria da população do nosso país, e cumpre com isso. Você viaja nas descrições dos lugares e marcas caríssimas, e não vou ser hipócrita em admitir: é uma delícia se colocar no lugar dos personagens com os cenários que nos são apresentados e eles são todos muito bem descritos e sugestivos (mesmo eu, que não conheço o Rio de Janeiro, consegui me situar).

Num cenário onde a riqueza dá de cara com a simplicidade, onde o luxo disputa sem parar com a modéstia, todos (até mesmo você vai refletir nisso) aprenderão várias e importantes lições para se levar para toda a vida. A mais importante, porém, talvez seja a de que o dinheiro pode sim garantir festas para toda a vida, porém ele está e sempre esteve longe de comprar todas as coisas.
Em terra de ricaços, quem tem o sobrenome mais famoso é monarquia! Quanto vale o seu?


Pontos +:
- Literatura nacional - PODER BR
- Você vai, ao menos, se sentir rico pra caramba
- Ambientações que nunca me passaram pela cabeça
- Personagens cativantes
- Relacionamentos envolventes
- A dose certa de fofoca e intriga na trama
- Os personagens são fieis às suas personalidades (eu sei, mas acredite: isso é um ponto positivo)

Pontos -:
- O tamanho da obra (o que, dependendo, pode ser um ponto positivo também se você não for muito fã de bíblias)
- Você corre o risco se se irritar ou odiar alguém que não existe (pois é, não vai dar pra tretar com o personagem)

Agora, uma coisa é fato: depois que as páginas voarem e você ler o último ponto final - sem nem se dar conta de que era mesmo o último -, vai querer para ontem o segundo volume (que já está a caminho, ainda bem).


FINAL: 7/10
Recomendaria? Sem dúvidas, leiam por que vale a pena (preços e disponibilidades no link do Skoob, logo abaixo).



FICHA TÉCNICA pra não fugir muito do padrão
*CLUBE DOS HERDEIROS* (azul como a nota do peixe)
Autora: Fabiana Madruga (os mais ousados podem chamar no inbox para comentar CdH ou qualquer coisinha, ela é um amor e responde rápido!)
Gêneros: Romance, Chick-lit, Amizade
Editora: Draco
1ª edição: 2014
Nº páginas: 144
Capa: Marina Ávila rainha
Skoob: clube-dos-herdeiros 
Música tema: November Rain (Guns 'N Roses)



Por fim, fiquem com a moça da capa porque eu não me canso de olhar para ela (ela me inspira a vencer na vida, por alguma razão):


Fiquem bem,
Obrigado por ler! :)

Descrição


A descrição é fácil para alguns e difícil para outros, ai tem uns que sequer descrevem as cenas e deixam tudo na imaginação do leitor, mas hoje o post é para aqueles que têm problemas com esse detalhe que eu considero importante em uma história

Quando nós vamos descrever um local, uma roupa, um acessório, um tipo de cabelo, o sentimento, uma ação, um objeto, nós precisamos tê-lo em mente para que as palavras cheguem ao computador ou ao caderno.

Por exemplo:
A jovem estava sentada e seus olhos estavam fechados, era difícil não notar seus longos cabelos ruivos alaranjados e com um brilho natural, assim como os seus acessórios na região para colocar partes para direita e para esquerda, aumentando o volume que enxergamos, mesmo assim ele ficava bonito e combinava até mesmo com a sua roupa, uma blusa azul com o começo branco e uma alça da mesma cor. Sem contar que parecia brava por conta das suas sobrancelhas levantadas.

Coloquei vários elementos na descrição, mas nem precisaria dizer o tom do cabelo se eu quisesse que o meu leitor imaginasse, a parte do volume também não era totalmente necessária, quiem vai querer saber que combinou com a roupa? 

Tem coisas que não precisamos descrever, mas usamos para dar um charme para o que escrevemos, o floreamento da cena.

Se você não tivesse visto a imagem antes de eu descrever, imaginaria de outra forma mesmo com vários elementos dela, porque nem todos imaginam um personagem da mesma forma, alguns podem ter a mesma imagem e outros não e é por isso que sempre vão desenhá-los ou verem em atores/cantores/famosos diferentes.

Como construir uma cena de descrição?

O que você tem que colocar no começo é algo que dê uma noção do espaço ou da posição do personagem ou fica algo muito vago na mente dos leitores, até mesmo na sua mente pode estar vago demais e por isso não consegue passar ao papel/computador.

Se a cena é de uma personagem cantando, é melhor começar com ela se arrumando ao show, ai depois a cena dela cantando, pois dá uma noção do nervosismo e do medo de que algo aconteça de errado na hora da cantoria. 

Por exemplo:
Hatsune sentou na cadeira e começou a trocar de roupa, o uniforme era substituido por um vestido sem mangas, mas não era fácil colocá-lo, pois tinha medo de que na hora dos agudos começasse a desafinar sem conseguir voltar ao tom certo, contudo se pensasse apenas nisso não conseguiria sequer entrar no show.
Sem pensar mais, olhou para frente e saiu da sala, ao chegar no palco ouviu seus fãs gritando seu nome várias vezes, algo que a deixava bem mesmo sentindo medo dos erros comuns, pegou o microfone e soltou a voz de uma maneira jamais imaginada nesses anos todos de trabalho.

Viu que deu para entrar mais no medo dela, ainda que sem muita descrição? Pois por mais que não consiga dar uma descrição ampla, a minima é necessária para que não se perca depois e não deixe os leitores confusos

Agora, se a personagem está se arrumando para um evento, já vá para essa cena.

Por exemplo:
Natalia sentia seu coração palpitar, pois a hora havia chegado, era o momento de se arrumar para seu casamento. Desde nova sonhava com o seu vestido de noiva e conseguiu um cheio de brilho, com a cor branca, uma cauda, ajuste bom ao corpo e a parte que mais gostava era as suas rendas que cobriam todo o tecido junto com os brilhos, além de um decote em forma de coração por conta do busto largo.

Fiz uma descrição pequena, porém já é o sucifiente para entender o contexto do evento.

Dica para descrever coisas

Olhe ao seu redor e escolha um lugar qualquer para falar sobre, veja quais os objetos, quais os acessórios, qual a cor da parede, a cor da mesa, a intensidade da luz, a capa do livro, tomadas, tudo o que conseguir.

Fixe seu olhar aos pontos e imagine palavras que combinem com aquele local, ao fazer isso conseguirá seu feito.

Além de pessoas também, pois é uma grande ajuda a aparência do personagem, se você tiver interesse em mostrar.


Sites com fontes grátis


Não posso afirmar que todas as fontes são livres para uso comercial, tirando as do fontsquirrel e do dafont, então por favor olhe sempre se é 100% free/com(m)ercial free, pois se for personal free é só para uso pessoal.

http://www.dafont.com/pt/mtheme.php?id=1&a=on&l[]=1
http://www.dafont.com/pt/mtheme.php?id=3&a=on&l[]=1
http://www.dafont.com/pt/bitmap.php?a=on&l[]=1
http://www.dafont.com/pt/mtheme.php?id=4&a=on&l[]=1
http://www.dafont.com/pt/mtheme.php?id=5&a=on&l[]=1
http://www.dafont.com/pt/mtheme.php?id=6&a=on&l[]=1
http://www.fontspace.com/
https://www.fontsquirrel.com/
http://www.1001freefonts.com/
https://www.behance.net/collection/4860923/Free-Fonts
http://www.deviantart.com/browse/all/?section=&global=1&q=font
http://www.urbanfonts.com/free-fonts.htm
http://www.fontfabric.com/category/free/
https://fontbundles.net/free-font-of-the-week
http://all-free-download.com/font/
http://befonts.com/
http://freebiesbug.com/free-fonts/
http://simplythebest.net/fonts/
http://freedesignresources.net/category/free-fonts/
http://www.free-fonts-download.com/

Primeiras Impressões - O Legado do Outono

 
Título: O Legado do Outono
Autor: Vitor M. Santos
Editora: Lotus
Sinopse: Uma jovem. Um Legado. E uma estação onde as folhas caem... Dakota herdou um destino que poucos gostariam de ter. Após a morte trágica de seu pai, ela é atacada pelos homens do reino em que vive, sendo salva por um desconhecido. A partir desse dia, ele a ajudará a desvendar as linhas tortuosas de seu passado e quebrar o impetuoso desequilíbrio e caos que ascende sobre o reino. Os céus mostram que a paz não será uma opção na aurora do amanhã e as legiões de escuridão se erguem inevitavelmente como a chegada da noite. Guerras épicas têm sido travadas durante os séculos, mas agora essas mesmas desavenças não serão reprimidas facilmente.
 

  Olá queridos leitores! Primeiramente, gostaria de agradecer ao Vitor pela confiança ao nos disponibilizar cinco capítulos de sua magnifica obra.

 Vitor nos contou que levou cerca de onze meses para escrever e que ficou disponível por alguns meses no Nyah. Ou seja, ele começou como nós... Postando suas histórias em plataformas e agora terá o orgulho de vê-la publicada pela Editora Lotus! Então vamos lá, continue no post para saber as minhas primeiras impressões sobre O Legado do Outono!  

 
A história é narrada em terceira pessoa e nos revelará sobre a jovem Dakota e sua longa jornada; uma inocente camponesa que perdeu seus pais em uma guerra que mal começou.
 

Quando digo que Dakota é inocente, não é exagero. Nos primeiros capítulos a garota se mete em muita confusão, justamente devido a sua inocência. Claro que podemos acrescentar um pouco de desespero em suas ações e motivos não lhe faltam. Acontece muita coisa de uma única vez em sua vida, o que a deixa totalmente perdida e impulsiva.
Entretanto, prevejo que ao longo do livro veremos ela evoluir. Em vários momentos ela nos deu sinais de que possui uma força imensa. A jovem só precisa aprender mais sobre si mesma.
Como a história é do gênero fantasia, nos deparamos com muitos seres sobrenaturais e suas habilidades são incríveis. Vitor depositou muita criatividade ao criar o Reino de Guiarturiar. 
A escrita de Vitor é extremamente agradável, rica em detalhes. E ainda sobre isso, o detalhismo das cenas não é irritante e nem exagerado. O que torna uma leitura harmoniosa.
Nos próximos capítulos somos apresentados a outros personagens como Drivee, o meu preferido até agora. Espero não me decepcionar! O jovem é um geeuler, um trocador de formas. Confesso que adorei isso!! 
O que se destaca muito durante a leitura é o encantamento das coisas; temos a impressão que há vida em tudo na Floresta Escura, são trechos tão bem escrito que o cenário se forma facilmente em sua mente. É muito interessante sentir a natureza presente em cada parte da história.
 
Ao todo, esses capítulos que Vitor disponibilizou, despertou uma enorme vontade de continuar lendo. A previsão é que a pré-venda comece em Julho e torço para que não me falte dinheiro para comprá-lo. (risos)
Espero também, de coração, que faça muito sucesso!!
Novamente, obrigada ao Vitor pela disponibilidade dos capítulos. Foram o suficiente para despertar meu interesse. 


 
Leia o primeiro capítulo clicando aqui.









Dicas para escrever em 1ª pessoa


O que é uma narração em 1ª pessoa?
É a narração que o personagem conta pelo seu ponto de vista, no caso, usa-se eu e me
"Eu me machuquei" - Primeira pessoa

A narração em 1ª pessoa precisa ser só com um foco por capítulo?
Não, desde que saiba dividir as narrações ou fica:
"Eu fiz isso"
"Ele fez isso e eu vi"
Os personagem têm que narrar momentos diferentes sendo eles conectados ou não.

Precisa ser no passado?
Não, pode ser no futuro ou no presente se quiser, só tomar cuidado com os tempos verbais (http://www.conjuga-me.net/ recomendo este site)

Ele, ela, eles, elas, estão liberados?
Sim! Desde que no momento certo:
"Eu vi ele passando"
"Ele viu ele passando e eu observei" - Não façam isso, procurem pronomes por favor
"Ele viu o cara observando e o Haru também" - Terceira pessoa, caso não aconteça nada que indique primeira pessoa depois como:
"[..], nisso virei-me e perguntei a eles o que estava acontecendo", se isso acontecer, é em primeira, caso contrário, terceira

Se o narrador está observando, ele pode mudar a cena?
Isso depende de você
"Eu vi ele observando a menina e dei um soco na cara do rapaz"
"Eu vi ele observando a menina e as suas reações não eram legais, porém, não queria me intrometer"

Como não usar tanto "eu" e "me"?
Aumente o uso de verbos, pois percebeu que no item do "ele, ela, eles, elas, estão liberados", eu consegui fazer uma cena sem usar "eu"?
"[...], nisso virei e perguntei a eles o que estava acontecendo", nem precisava do -me na verdade

Fica melhor se eu me imaginar no lugar do personagem?
Fica, pois você estará sentindo as mesmas coisas e aumentará a conexão entre a sua mente e o modo que a cena vai se montando, nisso o leitor vai conseguir sentir-se dentro da cena assim como você.

É simples mudar um livro para primeira pessoa?
Não, porque não são todas as frases e ações que irão ajudar no processo, ainda mais frases longas e parágrafos já programados para serem em terceira, a revisão vai ser maior e o seu tempo vai se reduzir demais

Uma dica de ouro que eu vou dar aqui, foquem nela:
Quando for escrever em primeira pessoa, imagine que você está vendo algo e não pode mudar, mas ainda sim precisa narrar tudo o que está vendo e depois passar ao papel (computador, celular) e nada do que escreverá poderá ter mudanças naquilo que observou durante vários minutos ou até horas. Os dialogos são formados entre você e quem está fazendo a cena existir, mas também entre os montadores das cenas.

ENTREVISTA COM P. B. SOUZA/ AUTOR DE PRIMAVERA DE RULIM


Olá, eu sou a Nathalia! ~gritinhos da plateia~
Tudo bem... o que você acham de fics com o foco LGBT? É fácil de escrever? Nunca tentou? Bem… é dificinho, porque as vezes pessoas que não gostam da temática homossexual vão na sua estória só para espalhar o ódio. GENTE???

♥ Dica do dia ♥ se não gosta, não leia.

Ou às vezes você simplesmente não sabe como descrever algo, como o preconceito ou chuca… (oi), justamente por nunca ter sofrido tal coisa.
Quando eu li Primavera de Rulim (que há de ter resenha aqui no blog), eu realmente fiquei muito impressionada, pois a facilidade com que o autor descreve as cenas… os personagens… tudo, faz com que você se sinta solto e confortável com a estória, assim, se apegando à ela. Tanto que quando acabou, eu quase chorei (desabafo aqui).
Eu tinha uma professora de Língua Portuguesa que sempre me dava conselhos... "Para uma estória dar certo ela tem de ter um começo, um problema, um meio, uma resolução do problema e um fim". E é exatamente isso o que o autor faz. Você chora com os personagens, fica aflito com os seus problemas…
Eu, como a menina maravilinda que sou, fui tentar achar o autor no Facebook, e depois de muito custo… achei. Conversamos um pouco, e quando ele estava quase me mandando embora, eu pedi uma entrevista. A contragosto ele aceitou (haha, mentira ele gosta de mim…. eu acho).
Além de falar sobre suas outras fics fantásticas e distópicas, ele fala também como se organiza com seus roteiros e deu algumas dicas… vem ver.


Diga seu nome e sua idade para gente…

Meu nome é Yuri Pereira Bernades de Souza, mas só Yuri Souza já tá bom, porque é muito nome! Eu tenho 19 anos.

Com quantos anos começou a escrever e por quê?

Foi com onze anos, e inclusive tenho uma promessa quanto a isso.
Minha prima, Janaina, que escrevia fanfics (na época, pelo orkut), me fez embarcar nessa onda e então me descobri escritor, mas apenas de originais. E aí, prometi que se um dia publicasse algo, ela estaria na dedicatória!

Já disse escrever apenas originais (o que para muitos é um bicho de sete cabeças, em questões como criações de personagens, descrições de cenários e etc). Como é para você esse universo todo?

Sim. Eu já tentei escrever fanfics, tive três. Acho que elas são “mais fáceis” de escrever. Justamente por você já ter boa parte criado… e era exatamente isso o que me incomodava. Eu não gostava de pegar algo já criado e estender porque me sentia desperdiçando uma habilidade que devia treinar. E como mestre de RPG dos amigos da rua, sempre tive que me virar com a criação de tudo. Então, acabou que eu tive “um bom treino” antes de escrever de verdade.
Mas, se pensarmos bem, escritores de fanfics têm mais responsabilidades que escritores de originais, pois têm de manter a íntegra a personalidade e afins de personagens e locais já estabelecidos. E como eu gosto de criar tudo, não quero tal responsabilidade e despertar a ira de um fandom só porque decidi que o herói se torna o vilão no final. (risos)

(risos) SIM! Nas originais temos uma liberdade de criar o que bem queremos, um mini universo na mente que temos que passar para o computador (o que é difícil). Como é o processo de escrita para você?

Em uma palavra é: demorado! O que mais escrevo é fantasia medieval, então bolei uma fórmula para escrever que uso para tudo o que vou criar.
Primeiro, eu faço os personagens essenciais, na qual a história vai rodar e tento imaginar o básico de cada um. Como, o que gostam, o que odeiam, principais defeitos e qualidades, temperamento… e o corpo, cor da pele, olhos, cabelos e  fisionomia, deixo sempre para o fim. Depois desenho mapas à mão, para me situar e imaginar os caminhos possíveis na qual o personagem irá passar. E assim, começo criando mitologias, pequenas histórias que enchem a trama principal, pode ser uma lenda sobre um hotel aonde a protagonista vai passar pelo menos uma noite ou a história paralela de um personagem de apoio.
Vou criando tudo isso antes de partir pra história em si. Ai faço um .doc que chamo de roteiro aonde faço o esqueleto de toda a fic do começo ao final. Normalmente só começo a escrever a história mesmo quando já escrevi o roteiro até o décimo capítulo, para ter certeza que é esse o caminho que vou seguir na história.
E, claro, também conto com alguns amigos e amigas que fico enchendo a paciência perguntando se tal coisa é interessante (insegurança? Magina!).

Insegurança todos temos! (risos) como o tal bloqueio criativo... Os dois são meio tipo pombo né. Quando falta criatividade, o que você faz?

O Bloqueio é algo que essa técnica de fazer um roteiro me "cura". Quer dizer, ainda acontece... mas bem menos. Quando eu sei exatamente o caminho que a história vai seguir fica mais fácil porque tudo que preciso é preencher com detalhes e descrições e sentimentos. Esse último é o que realmente atrapalha! Quando sinto que estou travado em um capítulo eu consigo escrever tudinho, mas fica "frio", sem sentimento. Acho que esse é o meu problema com bloqueios criativos. Mesmo assim escrevo, deixando a história gelada mesmo. Porque sempre reviso meus capítulos depois de alguns dias. E então, nessas revisões, eu preencho com o que faltou.
E outra técnica que me salvou muito foi de uma escritora que não me recordo que disse para tirar todos dia 2 horas para escrever! Não importa se vai ser ou não sua história, escreva 2 horas por dia só para "limpar a mente". Comigo isso dá muito certo. Quando não consigo desenrolar a trama de jeito nenhum abro um .doc novo e saio escrevendo qualquer coisa até voltar a fluir!

Técnicas interessantes. Eu só fico batendo a cabeça na parede até pensar em algo (brincadeira)... Em Primavera Rulim, você, quase em todos os capítulos deixa uma música para os leitores. Você acha que elas ajudam a se inspirar para escrever sobre sentimentos e afins?

A escolha de deixar uma música... é mais um golpe de marketing combinado com meus gostos pessoais.
Normalmente eu leio e escrevo ouvindo músicas, mas nunca dou atenção para elas (barulheira em casa atrapalha mais que músicas que eu gosto), então uso as músicas como um "distrativo" enquanto escrevo. Ai de repente me vejo cantando enquanto encaro a tela do editor de textos e pensando em como aquela letra tem tudo a ver com X personagem.

Decidi, em Primavera de Rulim, passar isso para a leitora e leitor como um complemente. Foi algo bem natural porque a maioria das músicas acabava tendo uma coisinha ou outra justamente sobre a história e isso era tão importante para mim e para a história, e, invariavelmente, para quem está lendo e sentindo junto dos personagens.

No momento da criação seca da história, lá no roteiro, isso nem me passa pela cabeça, mas não posso negar, quando estou dando "acabamento" nos capítulos as músicas vem com um peso a mais e por vezes acabam influenciando sim na narrativa, deixando mais pesada ou alegre, dependendo da música e do capítulo.

Estou certa quando digo que Primavera de Rulim é a sua maior fic em questão de reconhecimento, não é? Tanto que você surtou quando viu que ela chegou a ter mais de 200 comentários. Você acha que números são importantes para o autor? Ou ele pode muito bem escrever uma boa história com poucas visualizações?

Está certa sim,Primavera de Rulim ultrapassou todas as minhas expectativas e no final eu já não sabia se eu estava alcançando as expectativas dos leitores para com a história!
Ainda mais que, como frisei no inicio da história, era meu primeiro romance yaoi e em primeira pessoa (excluindo uma short-fic que fiz de teste para a escrita em 1° pessoa), então esperava que fosse sair algo no mínimo desconexo e não fosse atrair muita atenção. Ledo engano o meu.

Então dai meu ataque de felicidade ao ver o sucesso em comparação com minhas outras fics. No entanto sobre a pergunta em si, creio que dependa muito de autor para autor.

Existe aqueles que só funcionam se incentivados, se receberam feedback dos leitores, não os culpo, a sensação é ótima! Mas eu quero ser escritor de profissão, então essa de feedback tem que ser uma recompensa ao trabalho, não o que motiva ele!

E como só escrevo originais meio que é uma responsabilidade minha, tudo que eu começo eu termino e dou meu melhor no que estou fazendo, independente do retorno, afinal, o retorno para mim é uma recompensa, não o que move o trabalho.

E ainda penso nos fantasmas que leem a história, mas por N motivos não comentam. Ainda no caso de Primavera de Rulim, tinha uma leitora que era fantasma e me contatou por MP, ela tinha vários problemas e por tais não comentava, e a história estava ajudando-a em sua condição suicida. Sabe-se lá porque fantasmas não comentam, mas talvez tenham seus motivos e sejam bons motivos!
Então sim, os números importam, mas mais importante que os números é passar a mensagem que você planejou no começo porque isso é o cerne de toda história, não? Passar uma mensagem. Se 1 pessoa só ler, já é lucro!


Você já disse querer ser autor profissional, e que não escreve apenas yaoi. Mas como foi a experiência de escrever sobre a comunidade LGBT, consequentemente tendo de descrever o preconceito não só na sociedade mas principalmente na família em Primavera de Rulim? Sabendo que são problemas reais enfrentados diariamente por muitas pessoas…

Não, não escrevo apenas yaoi, inclusive essa foi minha primeira história no gênero. Dai meus medos de "dar close errado". Ainda mais que meus temas são sempre distopias, fantasias e policiais.
Então passei para parte LGBT. Acho que o mais complicado foi a parte da família. Ódio externo é sempre "mais fácil" de lidar, mas dentro de casa é sempre mais complicado!

O ódio vindo daquelas pessoas que sempre disseram que te amavam e te dariam suporte em tudo é devastador, e quando esse ódio deixa de ser só ódio e vira violência é destruidor! Eu me perguntei por muito tempo como ia fazer nessa parte da história, para passar o que precisava passar ao leitor sem soar falso (tenho a mania de experimentar as coisas antes de escrever sobre elas. Em um romance policial que o protagonista cai do prédio eu fiz um salto em queda livre antes para saber como descrever a cena, só uma exemplo). Mas para a situação de Lucas eu não tinha como vivenciar aquilo que ele vivenciou na história, então me preocupei muito com a qualidade do que ia escrever! Por sorte tenho vários amigos gays e bi e alguns sofreram muito ao terem de se assumir, Então usei um pouco do conhecimento deles emprestado para essa parte da história, além de muita pesquisa no tio google!

Fora Primavera de Rulim, você tem mais projetos sendo escritos?

Sim, tenho no momento três histórias em andamento.
A nova estação, que é uma continuação indireta de Primavera de Rulim, tratando sobre temas mais adultos com menos interferência da família e mais sobre relacionamentos e as responsabilidades de sair da adolescência e ter que lidar com os deveres de virar adulto!

Tem a Maldição Soverosa, que é aonde estou me dedicando mais no momento (Nova Estação estou fazendo o roteiro ainda, enquanto Soverosa já estou escrevendo mesmo). Está é sobre três famílias escravagistas da época colonial que foram amaldiçoadas por índias e "bruxas" de origem africana. E essa maldição perdurou por gerações até Kaio, o protagonista. E como tem toda história minha, essa o destaque está para o emponderamento negro, onde a maioria dos personagens são negros ou de misturas de raça, e aborda muito tema de racismo, desigualdade, exploração do mais pobre, etc.

E a última e que estou terminando é Draco et Homines; Sangue e terra (minha maior história em tamanho, de fantasia), como é a continuação de Lágrimas de fogo não adianta explicar muito sobre, mas aborda tantos temas tabus quanto as outras, só que com o advento de dragões e magia (quão legal é isso?). E essa felizmente falta só oito capítulos pra acabar, depois de quase um ano e meio escrevendo-a.

Esses são os três projetos atuais em andamento. Mas já comecei um quarto só na ideia ainda, mas esse é segredo por enquanto.

Ok, autor. Para terminar, que tal umas “perguntinhas curtas” (mas não tão curtas, porque eu falo demais). Um sonho?

Em curto prazo: publicar um livro. Longo prazo: sair do país (mas pretendo voltar depois)

Um autor nacional favorito?

Pedro Bandeira

O que você falaria para o seu eu de onze anos?

Você tem futuro na escrita, mas preste atenção nas aulas de português, seu português é horrível!

(risos), modesto! Uma dica relâmpago para autores iniciantes que têm o mesmo sonho que você.

É clichê… mas, não desista! O que tenho de amigos que largaram suas fics por comentários de hater ou por falta de leitor… Se você começar a escrever algo VÁ ATÉ O FIM! Não pelos outros, por você! Se você conseguir terminar, só assim vai descobrir se é isso o que realmente quer fazer.

Que amorzinho! ♥ Bem… então acho que é só, Yuri! Obrigada pela oportunidade.

Eu que agradeço pela chance de falar um pouquinho sobre mim e sobre temas importantes como a questão da comunidade LGBT! E, claro, a chance de estar em um pedacinho do blog! (risos)


Simpático, não? Quem quiser saber mais sobre a estória, ou estórias do Yuri entra no perfil dele é dá uma conferida… vocês não vão se arrepender!


Beijos, gladiador(a)!

Erros ortográficos comuns


Antes de qualquer coisa, não vou ensinar como usar a vírgula e nem a crase, porque nem eu sei direito, ok?

Afinal de contas, quais os erros mais comuns que eu vejo em histórias? Vamos então?

1. Falta de espaço depois da vírgula ou espaço antes e depois da vírgula.
Eu definitivamente fico irritada quando os vejo, mas não posso culpar todo mundo que usa assim, já que gramática é chato. 
O jeito certo de usar é com espaço apenas depois da vírgula assim:
Oi, tudo bem?
Oi,tudo bem?
e Oi , tudo bem?
Estão errados

2. Uso de _ - – no lugar de 
Por que eu não citei "" também? Porque elas são corretas assim como o  se usadas da maneira correta que é assim:
"fala"
"fala" e não
"fala" "fala"
Aliás, depois do — tem espaço
— fala —

3. Falta de espaço depois de ! ? . ; ou qualquer outro ponto
Assim como a vírgula, é necessário o uso de espaço após esses pontos.

4. Mais e mas
Mais é para adição:
Comprei mais frutas e não, comprei mas frutas
E mas para oposição
Comprei coca, mas queria guaraná e não, comprei coca, mais queria guaraná
Para saber se vai ser mais ou mais troque por porém ou contudo ou entretando ou no entanto

5. Derrepente 
O jeito certo de usar é de repente

6. Concerteza
O jeito certo de usar é com certeza

7. A gente e agente
Agente é o espião do FBI, o 007
A gente é algo semelhante a nós, porém os verbos ficam no singular:
A gente toma suco
Nós tomamos suco
Agente prende o vilão

8. Verbos terminados em ão e am
No futuro usamos ão e no passado am
Eles voltarão para casa, ou seja, eles vão voltar no futuro
Eles voltaram para casa, ou seja, no passado eles voltaram para casa

9. Verbos na primeira e na terceira pessoa
Em primeira pessoa é:
Eu vou comer
Em terceira pessoa é:
Ele vai comer
No modo errado:
Ele vou comer
Eu vai comer

10. Há e a
Há usa-se para tempo no passado:
duas horas
e pode ser substituido por faz
Faz duas horas
E no significado de existir
Há duas crianças no parque

A usa-se em trmpo no futuro
Vou daqui a pouco

11. A ver e haver
Haver é de existir, ter
Haver muito desemprego nos assusta

A ver é formado com a preposição a e o verbo ver
Eu não tenho nada a ver com isso

12. Plural no faz/há no caso de horas, meses, tempo em geral
Não existe fazem dois meses, mas sim faz dois meses
Nem fazem duas horas, mas sim faz duas horas

13. Plural do verbo haver
O verbo haver não tem plural
Houveram dois acidentes
Houve dois acidentes

13. Letra minuscula depois do ponto final e no começo de frase
Sempre que começamos uma frase ou um paragrafo e que usamos o ponto final "." temos que colocar letra maiscula
Correto
Eu corri até a sala. E depois cai
Errado
eu corri até a sala. e depois cai 

http://emportuguescorrecto.blogs.sapo.pt/41899.html
http://escolakids.uol.com.br/ha-ou-a-aprendendo-a-utilizalos-corretamente.htm
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